domingo, 4 de setembro de 2011

Valorizando todos os tipos de vida



Para os que não conhecem, coloco um episódio de Chico Xavier, escrito por Richard Simonetti:

Em favor da ecologia

Chico Xavier tinha uma horta no fundo do quintal.
Certa feita, foi invadida por formigas.
Um companheiro, que dividia com ele a residência, dispôs-se a combatê-las com veneno, resistindo aos apelos do médium para que as poupasse.
– São nocivas! – enfatizava.
À tarde, véspera do holocausto insetívoro, o médium foi até a horta e, após orar, dirigiu-se às “condenadas”:
– Minhas queridas irmãs, o fulano está prestes a cometer um formigocídio. Virá amanhã cedo para envenená-las. Peço-lhes, por amor de Deus, que se retirem. Não gostaria de vê-las mortas!
No dia seguinte, quando o exterminador preparava-se para cumprir a sinistra tarefa, constatou, admirado, que não havia uma só “condenada” no local.
As invasoras haviam debandado, atendendo ao apelo do médium.

Richard Simonetti




Mais do que isso, uma vez Chico psicografava e em sua roupa entrou uma barata. O médium prosseguiu normalmente com seu trabalho sem sequer expulsá-la até que depois de tanto "passear" por dentro de sua roupa finalmente o inseto saiu.
Indagado sobre o motivo de não a ter matado ou ao menos expulsado, Chico calmamente falou:
_ Uma vida inocente, porque eu haveria de acabar com ela?

Bem... perguntei a Euródrido como Chico Xavier conseguia ter carinho mesmo pelas insignificantes formigas e repugnantes baratas. O mentor não me respondeu, orientando-me apenas para ficar atento, pois em momento oportuno a resposta me chegaria.

Neste domingo, em minha pedalada matinal, passei perto de um passarinho que estava no chão e mal conseguia voar. Ainda assim, ele foi em direção a pista e antes que eu pudesse tirá-lo de lá, um carro passou e o machucou mais ainda. Quando finalmente consegui pegá-lo, senti seu último suspiro em minhas mãos, e assim a ave morreu. Sem mais o que poder fazer diante disso, continuei meu passeio e comecei a me perguntar porque um bichinho tão inofensivo poderia morrer desta maneira?
Então Euródrido chegou para dar-me mais um valioso ensinamento no qual compartilho com cada um de vocês.
Disse ele:
_ Parabéns pelo cuidado tomado com o inocente passarinho. Isso mostra o quanto você dá valor a vida dos indefesos animais, enquanto vemos homens sequer dão valor a vida de outros homens.
E assim como você teve carinho pelos passarinho, Chico tinha carinho também pelos pássaros e por vidas mais inferiores ainda, como as formigas.
Logo, meu irmão, antes que se envaideça com o elogio que fiz a ti, lembro que ainda precisas evoluir muito, até conseguires agir com tal carinho em relação aos insetos, como é o caso de Chico.
E que fique a seguinte lição:
Quanto maior a valorização que tivermos pelas mais indefesas formas de vida, mais evoluído será este irmão.
Aliás, muitos daqueles que não dão este valor, aprendem com a perda de um parente e depois a perda de um animal de estimação para que assim comece a aprender a dar valor as formas de vida inferiores ao do homem.
Tentei argumentar sobre o fato dos insetos, como as baratas, serem nocivos a nossa saúde e o porque desses seres existirem.
A resposta foi imediata:
_ Uma pergunta tão simples e não sabes a resposta? É graças a esses insetos que sois alertado de que sua casa, rua ou bairro estão precisando de uma melhor higiene, pois em local limpo certamente eles não apareceriam.
E pra finalizar, Euródrido deixou uma mensagem para pensarmos:
_ Agradeça a Deus pelas formas de vida acima do homem serem bem mais evoluídas e com mais qualidades, como por exemplo, a da preservação pelas vidas inferiores, igual a que Chico Xavier tem pelas formigas, pois se pensares por 1 minuto, numa galáxia de bilhões de planetas com suas variadas formas de vida superiores a nossa, não poderia a Terra equivaler-se a um formigueiro diante desta imensidão?

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