quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Contrariedades Divinas

Diante da ajuda, muitas vezes queremos que a providência seja feita à nossa maneira, tal qual uma criança se contraria quando não ganha seus mimos, mesmo que seja por motivo benéfico para a própria criança.
Por mais que a cura esteja na ampola de uma injeção e por mais que se explique à criança que ali está o remédio, ainda assim a criança prefere não receber a injeção.
E quando inevitavelmente recebe, chora e zanga-se com seus pais, o médico e a enfermeira. Tal zanga, médicos e enfermeiras já estão acostumados a receber diariamente, a ponto de não se modificarem devido a isso e tem a capacidade de compreender e perdoar tais zangas, uma vez que ali, o mais importante não foi o sentimento da criança, mas sim o remédio certo para a cura de suas mazelas.
Da mesma forma, frequentemente vemos o mesmo acontecer com vocês, que se julgam adultos e maduros, diante da espiritualidade.
Os mesmos adultos, experientes e amadurecidos, não raro comportam-se exatamente como a criança, tão logo seja contrariado. E tão comum é agirem até mesmo pior do que as crianças, uma vez que na criança a zanga cessa em poucos minutos, enquanto que no adulto tantas vezes se transformam em raiva e revolta.
Mas o "Médico" Jesus e os "enfermeiros" da espiritualidade também compreendem e perdoam, sabendo que assim como no caso do médico das crianças, o importante foi a cura e não o sentimento de zanga causado no encarnado.
Aliás, cada contrariedade na vida de um encarnado é rara oportunidade de desenvolver-se a paciência, o equilíbrio e principalmente aprender a dar fé que se aquilo foi vivido, então é porque há razões para tal e uma vez que confiamos no "Médico" Jesus, prevaleça a certeza de que se não estamos recebendo o que queremos, recebemos o que precisamos.
Graças a Deus

Psicografado pelo espírito Euródrido, em 03/08/2011 às 23:12

Amigos, ainda sobre esta mensagem, recebemos a seguinte pergunta: E se esse médico e enfermeiros não viessem a compreender e perdoar aquele que recebeu a caridade e lhe paga com ingratidão? Bem... A espiritualidade nos encaminhou a resposta através do Evangelho segundo o Espiritismo, Cap XIII Item 19: Beneficios pagos com a ingratidão.

19. Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de benefícios que fizeram, deixam de praticar o bem para não topar com os ingratos?

Nesses, há mais egoísmo do que caridade, visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na humildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que pratica não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aquele que não a busca no mundo.

Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizerdes o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficiado vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes sejais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem.

E sabeis, porventura, se o benefício momentaneamente esquecido não produzirá mais tarde bons frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é unia semente que com o tempo germinará. Infelizmente, nunca vedes senão o presente; trabalhais para vós e não pelos outros. Os benefícios acabam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; desejará reparar a falta, pagar a dívida noutra existência, não raro buscando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o suspeitardes, tereis contribuído para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um benefício jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressadamente e sem que as decepções vos desanimassem.

Ah! meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências anteriores; se pudésseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um progresso mútuo, admiraríeis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele. - Guia protetor. (Sens, 1862.)

Graças a Deus

Nenhum comentário:

Postar um comentário